O meu país inventado
- marlenerodriguessi
- 19 de mai. de 2023
- 2 min de leitura

No meu país inventado não estaríamos sempre a dizer "só neste país".
No meu país inventado, pessoas competentes e empáticas com os verdadeiros problemas do país seriam as que nos governariam.
No meu país inventado, receberíamos bem os que vêm para ficar, vindos de outras paragens.
No meu país inventado, valorizaríamos as tradições e inventaríamos o futuro sem as deturpar ou esquecer.
No meu país inventado, viveriam pessoas solidárias, sempre prontas a dar a mão a quem mais precisasse.
No meu país inventado, homenagearíamos os mais velhos. Dar-lhe-íamos condições para viverem os últimos anos com condições de habitabilidade, segurança e saúde. Não deixaríamos que se sentissem sós.
No meu país inventado, haveria acesso gratuito à saúde, sobretudo para aqueles que mais necessitam dela.
No meu país inventado, formaríamos as nossas crianças para terem estilos de vida saudáveis e sustentáveis.
No meu país inventado, não haveria cidadãos sempre em busca de buracos na lei para fugir às suas obrigações.
No meu país inventado, garantiríamos que as gerações futuras terão um planeta em que viver.
No meu país inventado, tiraríamos mais partido dos nossos recursos, sem os esgotar.
No meu país inventado, os interesses económicos não prevaleceriam sobre os interesses ambientais, sociais e humanos.
No meu país inventado, cumprimentaríamos toda a gente com "bom dia", "boa tarde" e "boa noite".
No meu país inventado, cuidaríamos dos nossos animais.
No meu país inventado, as pessoas com deficiência teriam mais oportunidades.
No meu país inventado, o mérito seria a única métrica de avaliação das pessoas no emprego.
No meu país inventado, não haveria uma justiça para pobres e para ricos.
No meu país inventado, todos teríamos acesso a uma saúde mental de qualidade e não haveria parentes pobres na medicina.
No meu país não haveria idiossincrasias tão vincadas entre litoral e interior, norte e sul.
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